O Profundo Medo da Fertilidade. “Não fosse ela, essa deusa generosa, não teríamos nascido”. “Barão de Corétuba” Pode-se dizer que o medo da fertilidade é o medo da vida. A vida se renova, eterniza e se propaga pela fertilidade. Temer a fertilidade, ou nega-la, é o mesmo que temer a vida e negar a vida. Assim podemos falar em terra fértil, idéias férteis, animais férteis, e homens e mulheres férteis. A fertilidade da terra é um bem impagável, assim também é impagável a fertilidade dos animais, pois é a fertilidade que garante a flora e a fauna, a bio-diversidade, o alimento para nós os humanos, e o ambiente saudável. Repetindo, fertilidade é vida e a Vida é auto regulável. Ninguém, salvo se quisesse o fim da humanidade e da vida no planeta, haveria de querer provocar a infertilidade (a esterilidade) da terra, destruindo-lhe a capacidade de gerar vida vegetal e animal. Menos ainda, haveríamos de querer a esterilidade dos animais, no entanto, quando pensamos na fertilidade da espécie humana a grande maioria dos homens modernos quer, defende, deseja se não o fim da fertilidade, ao menos o controle da vida, ou até mesmo, a extinção desse dom humano. Fertilidade e sexo na espécie humana são animicamente inseparáveis. Como o sexo é um comportamento, regular a fertilidade, nos homens, que são seres dotados de liberdade, inteligência e vontade, nada mais é do que regular, ou controlar o sexo, o comportamento sexual. Ou seja, como todos os outros atos humanos (passíveis de escolha, portanto atos morais) devem ser educados, ou seja, o homem e a mulher têm a possibilidade de exercê-los ou não. De educá-los. Se alguém pretende regular a fertilidade humana, regule o uso do sexo. A responsabilidade no uso do sexo extingue a anticoncepção, o aborto, a violência sexual. (todas as religiões passam pela verdade enunciada acima, o sexo no homem é, portanto um ato moral, e vivido moralmente é solução.) A herança, por nós herdada do século passado, nos trouxe o medo da fertilidade humana, uma verdadeira neurose, uma aversão neurótica à possibilidade de se gerar filhos (entendidos como cruz) seguida paradoxalmente de um grito libertário da licenciosidade sexual. (ruptura do ato sexual de sua finalidade ou funcionalidade, para se tornar um parque de diversões narcísico, um ato imoral ou amoral, um ato fisiológico) São três as principais conseqüências dessa sócio atitude doentia. A neurose da fertilidade; o hedonismo compensatório (busca do prazer sexual sem a responsabilidade do ato como sentido da vida) e o desvio cardinal, gradativo, da orientação sexual, provocando como conseqüência a sua inversão funcional com o surgimento e adensamento do homossexualismo (ou homosensualismo como seria mais correto chamar) (trata-se de busca consciente ou inconsciênte (provocada pela angustia neurótica) de uniões estéreis em fuga ao medo pânico da fertilidade e da responsabilidade da paternidade ou maternidade). Como o inconsciênte pessoal é visível ao outro, e o coletivo se auto revela nos símbolos (Carl Jung), por exemplo, quando vemos em uma pessoa, ou grupo, na exteriorização mimética da “bunda” como símbolo central da atração sexual pansexual, estará assim, flagrantemente denunciada à disfunção sexual individual e coletiva, revelando a presença inconsciente do estratagema de fuga da fertilidade e a conseqüente inversão funcional, agora em andamento, que resultará, com a pratica reincidente (erotismo anal, oral, onanístico[1]) na completa inversão do apetite sexual. O medo da fertilidade, nos adultos, modelará o sentir das crianças. Isso é fundamental para se entender o que vem acontecendo na sociedade. Depois, no adulto, esse medo, faz com que se negue o “sexo”, optando pelo “sensualismo”, ou seja, o erotismo, uma busca de prazer, fugindo sempre do sexo fértil. Ora, como todos sabem o sexo em definição, é uma conformação anatômica exterior e interior própria do gênero, que diferencia o macho da fêmea. Anatomia essa, nada sutil, acompanhada de uma definição hormônio funcional, condicionadas geneticamente por cromossomos sexuais altamente diferenciados, seguidos ou completados pela produção de gametas (sementes humanas que introduzem o homem e a mulher na idade fértil) totalmente dissemelhantes no macho e na fêmea (no homem o espermatozoide com a aparência de um girino, possuindo movimento próprio; e na mulher, um óvulo esférico, sem movimento próprio) e que têm, todas elas, uma orientação cardinal, a transmissão e perpetuação da vida. Só há sexo quando há o encontro do genital masculino com o feminino. De resto há erotismo que independe do outro. A negação dessa capacidade humana (transmitir com fé a vida) leva de encontro a primeira e mais profunda violência anímica (medo diante da vida), semente psicológica estruturante de muitas outras violências. Por exemplo: leva ao onanísmo (masturbação a dois para evitar a fertilidade). Leva aos métodos contraceptivos. Leva ao aborto (a maior das violências à infância). Leva à rejeição de crianças nascidas. Leva ao mau trato das crianças pelos pais, padrastos e madrastas, companheiros e amantes. Leva aos abusos sexuais de crianças (o motivo esta bem explicitado acima, a pedofilia é uma das manifestações do homossexualismo). Leva, muitas vezes, à inversão sexual induzida provocada e estimulada das crianças (rejeição da figura materna pelos pais; rejeição da figura paterna pela mãe; superproteção neurótica; vingança nos filhos ao antigo companheiro, indefinição de papeis familiares; modelo relacional inadequado (promiscuidade familiar, objetiva ou simbólica); trauma simbólico; falta de fé na vida e na ação individual e, indefinição do papel social diante da vida, e finalmente; resultando na falta de fé na capacidade de criar ou reproduzir (orgânica e intelectualmente), influindo assim, nos mais complexos melindres simbólicos. O ódio à Vida é ódio a Deus. Se você bem acompanhou meu raciocínio, já percebeu que gerar idéia e sustentá-las, ou gerar filhos e cria-los, passam a ser entendidos e sentidos como tarefas árduas, verdadeiras punições, perda de liberdade e felicidade, exigências do outro. Como reação neurótica, as pessoas sem perceber, se fecham no narcisismo “ideo-masturbatório”, ou hedonismo (satisfação de si, por si). E como “narciso” só compreende ou admira o que lhe é igual, opta, inconsciente ou conscientemente pelo parceiro do mesmo sexo, ele com o espelho dele, ela com o espelho dela, para não gerar, para não criar, para não se responsabilizar, diante das agruras, papeis, decepções e prazeres da vida, transmitindo-a. Não amam o próximo, a Deus, nem a Vida. Como o homossexualismo é uma relação essencialmente estéril, isto é, anti vida, pois nela não há relação sexual, mas erotismo (por isso ela é homo-erótica, ou homossensual, ou ainda auto erótica) pode-se flagrar, desse modo, uma verdade insofismável, nenhum homossexual é filho de uma relação homossexual, e sim é filho de uma relação heterossexual. Vicio de origem e ponto cego do homossexualismo. Início de sua cura. Há algo a dizer sobre a Igualdade. A Igualdade é um mito. A Igualdade é uma identidade narcísica. O igual é replica, ou melhor, é igual, é um segundo si mesmo. O mito da igualdade entre os sexos abortou o conceito de semelhanças entre pessoas que se completam. Do conceito, passaram as pessoas a procurar a “igualdade”, onde ela não existe, onde existe apenas a semelhança da pessoa humana. Essas “identidades narcisicas” procuram tornar, doentiamente objetivo e concreto, o falso conceito de igualdade sexual. Assim, como todo o corpo participa do ato sexual, a especificidade erótica foi tornando ou identificando falsamente, os anus, a boca, a língua, como se fossem “órgãos sexuais comum dos dois gêneros”, no entanto, eles não são órgãos sexuais, porque não participam funcionalmente da fertilidade, embora seja possível neles a sensibilização erótica, e seu uso liberal e licencioso. (ler Gálatas 5,13-26) É justamente nesse sentido que a Sagrada Escritura nos diz em Romanos 1, 26-28: “Por isso, Deus os entregou aos desejos de seus corações e à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a criatura em lugar do Criador, que é bendito pelos séculos, Amém. Por isso Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram o uso natural em outro que é contra a natureza. Do mesmo modo também os homens deixando o uso natural da mulher, arderam de desejo uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario. Como se recusaram a procurar uma noção exata de Deus, Deus entregou-os a um sentimento depravado, e daí, o seu procedimento indigno”. A isso se chamou Sodomia, o vício mortal e abominável (anti vida) de Sodoma e Gomorra. ( Gênesis 19 , 1-27) e Levítico 18,22: “não te deitaras com outro homem como se fora uma mulher, isso é abominação”. “A terra te vomitará (Lv. 18,28)”. O Inicio da Sabedoria, portanto, é o temor de Deus. E Deus tem suas regras. E homem e mulher Deus os criou. E disse: crescei e multiplicai-vos (Gênesis da fertilidade). Existem, portanto regras para a perpetuação da vida. ( Levítico). Nesse sentido, lemos na Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, de 1980 o seguinte texto: A Igreja é chamada a manifestar novamente a todos, com firme e mais clara convicção, a vontade de promover, por todos os meios, e defender contra todas as insídias a vida humana, em qualquer condição e estado de desenvolvimento em que se encontre. Qualquer violência, exercida por tais autoridades, em favor da contracepção e ate a esterilização e do aborto procurado, é absolutamente de se condenar e se rejeitar com firmeza. “Do mesmo modo, é de se reprovar, como gravemente injusto, o fato e, nas relações internacionais, a ajuda econômica, concedida para a promoção dos povos ser condicionada a programas de contracepção, esterilização e aborto provocado” (n 30). Para amar a Vida, bem vivê-la, e bem transmiti-la e propagá-la com generosidade, o homem têm que amar a mulher e por ela ser amado, mas sobre tudo, devem ambos amar a fertilidade, pois a fertilidade é a renovação da Vida. E a Vida não é só gozo, nos ensina Cristo, é também sacrifício. Ofício Sacro do Amor Fértil. A fertilidade é, portanto a cardinal orientação da vida e do sexo. Wallace Requião de Mello e Silva. [1] Onanística, palavra que deriva de Onan, ou Onã, personagem bíblico que usava de estratagemas para evitar a fecundidade.

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