Armadilhas do desejo.
Alguém me fez notar que entre Deus e homens não existe relações de igualdade. Existem sim relações de semelhança. Da mesma forma não existem relações de igualdade entre homens e mulheres, existem sim semelhanças da pessoa humana.Se no passado já observavam, com precisão, a diferenciação genética entre homens e mulheres, os modernos avanços da pesquisa do DNA, podem hoje, provar que nem mesmo um simples fio de cabelo, ou uma única célula de tecido epitelial ou ósseo indicam qualquer relação de igualdade entre o homem e a mulher.Não bastasse isto, restariam ainda os diferenciais psicológicos que são tão gritantes quanto as diferenças encontradas entre os órgãos sexuais masculinos e femininos, nos órgãos internos, na possibilidade ou impossibilidade de gerar no próprio ventre uma nova vida, nas secreções externas e internas, como por exemplo, nas mamas ou nas glândulas hormonais, no tom da voz, na forma e função de um ovo e de um espermatozóide, etc. e tal. Igualdade nenhuma.Ensinam os teólogos que o pecado de Satanás foi ter desejado se igualar a DEUS. Eu sou tal qual Deus, gritou Satanás. Pergunto-me agora: não será o pecado da humanidade gritar e panfletar a igualdade entre homens e mulheres?Quando o conceito de igualdade, que é essencialmente político, foi sendo introjectado por homens e mulheres, que numa reação rebelde, com uma semelhança ao grito de Satanás, fez as mulheres gritaram, numa flagrante ilusão: “nós somos iguais aos homens”. E os homens por sua vez, a partir daí, por preguiça, inveja ou sentimento de culpa, têm desejado ser como as mulheres imitando e vivendo num mundo, que por não entenderem, supõe pacífico.Iniciam-se assim, como frutos desta ilusão, novos jogos de igualitarismo social. Antropólogos já haviam encontrado este fenômeno no passado em tribos e culturas destinadas ao desaparecimento. Estes jogos se repetem agora. Nestes jogos, do passado ou do presente, mulheres tornam-se mais agressivas, combativas, desejando os sucessos masculinos, nos campos de guerra, ou nos mistérios masculinos da vida profissional, na caça, na conquista, no exterior da vida. Homens, em reação tardia às mães tiranas e virilizadas, tornam-se efeminados, maternos, delicados, tímidos, introvertidos, declinando de suas naturezas como se estivessem a carregar em seus ventres intumescidos pelo ócio de suas naturezas um rebento fictício de uma nova “humanidade” indefinida sexualmente. Esquecem-se, porém, uns e outros, que no Norte dos desejos masculinos encontramos a mulher. Sim, a mulher, como uma síntese e razão da Vida em sua própria luta na manutenção da espécie humana e do próprio equilíbrio de suas forças.A mulher virilizada, por outro lado, desejosa dos desejos masculinos, prepara-se sem saber, para desejar outra mulher, pois assim se orientam, numa súmula, e deseja todos os desejos masculinos. Os homens que se acreditam iguais às mulheres preparam-se, para no fim, canalizarem seus desejos para outro homem. Conseqüência lógica: se são iguais às mulheres, os homens desejam as mesmas coisas que elas, e orientam seus desejos para o mesmo norte e o mesmo fim.Tenho observado grupos de jovens inconseqüentes nos seus jogos sociais e vejo com clareza as sementes do homossexualismo se desenvolver como fruto desta ilusão igualitária, que fundada num discurso de igualdade idealizada orienta, rapazes e moças, para uma armadilha dos desejos, armadilhas do hedonismo e, estéreis uns pela paixão narcísica, e estéreis outros, pelo crime cometido contra a natureza da espécie, que incontinente se auto denuncia pela esterilidade da relação dos homens com homens, e das mulheres com as mulheres, ficando assim explicitado, tanto o crime contra a vida, como o cometido contra a natureza em nome dos desejos egoístas e orgulhosos que, algumas vezes inconscientes, desconhecem e são apanhados nas suas próprias armadilhas.Contra DEUS e a natureza, no homossexualismo, está à morte da carne. No igualitarismo a morte de todos os valores. No igualitarismo ideológico já não há o contraditório, o contraste, e o bem e o mal se igualam numa relação sem futuro.
Wallace Requião de Mello e Silva.
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